Coração Artificial

Nome: Coração Artificial
Autora: Viviane L. Ribeiro
Editora: Multifoco
Livro: Skoob
  Sinopse:

Gabriel é filho de um importante magnata da indústria de órgãos artificiais, e Alicia é apenas uma estudante inteligente o bastante para ter uma bolsa de estudo na mesma faculdade privada que Gabriel frequenta. O fato é que eles nunca teriam se conhecido se Gabriel não tivesse parado para ajudar Alicia com seus livros e muito menos se aproximado tanto se não a tivesse visto cantar em um bar numa noite. Então acontece um acidente de carro. E estranhamente as pessoas próximas a eles estão tentando mantê-los afastados, e enquanto isso, eles vivem a vida naturalmente, acreditando que o acidente não trouxe nenhuma consequência para suas vidas. Mas a verdade é que estão completamente errados.

Em parceria com a autora Viviane L. Ribeiro, hoje venho apresentar a vocês sua obra chamada Coração Artificial, que foi cedido ao blog para resenha. Muito obrigada pela oportunidade de ler esse livro maravilhoso, Viviane! :D

Gabriel é um cara de poucos amigos (só Lucas, Carolina e Wesley) que cursa Engenharia pra agradar o pai, que é o dono de uma indústria de órgãos artificiais. Ele não estuda exatamente pra agradar, e sim por ser obrigado, já que sua família resume aos dois, e portanto ele é o herdeiro de todo aquele lugar; ele é quem vai ter que continuar o trabalho do pai num futuro. O problema é que Gabriel não quer isso, nem de longe. Primeiro porque seu sonho é seguir carreira musical, além de gostar de participar de corridas de carro. E segundo pois ele não acha justo o esquema todo que envolve esses órgãos artificiais. Ele não bota fé na tecnologia, já que esses órgãos também podem trazer prejuízo ou não funcionarem da forma esperada, além de que, logicamente, só os ricos são capazes de pagar por um tratamento daqueles.

Num dia na faculdade, Gabriel vê uma garota derrubar os livros após esbarrarem nela, e apesar de não ser do tipo cavalheiro que correria na primeira chance, ele acaba cedendo e indo ajudá-la ao ver que ninguém estaria disposto a fazer o mesmo. É dessa forma então que ele conhece Alícia. E mesmo tentando ignorá-la semanas depois, ele desiste de sua tentativa frustrada ao assisti-la tocar num bar específico para pessoas que gostam de cantar. A partir de então, Alícia se oferece a ajudá-lo num trabalho, e a amizade deles vai crescendo cada vez mais. Mesmo porque, cá entre nós, não é como se Gabriel estivesse interessado no trabalho.

Porque nunca foi meu objetivo de vida agir como as pessoas esperam que eu aja e dizer o que elas esperam que eu diga; na verdade, é isso o que eu faço: dou a elas razões para irem e só sobrarem as que realmente querem ficar. E eu digo a mim mesmo que vou tentar mudar, que vou pensar mais nas pessoas e ser mais receptivo, mas sei que são só palavras vazias que uma vez ou outra voltava com premissa de promessas.
Porque era isso o que eu era.


A relação deles vai se tornando cada vez mais forte, até que um acidente leva os dois ao hospital. Depois disso, nada é mais o mesmo. Os pais de Alícia são superprotetores e mandam Gabriel ficar o mais longe possível da filha. O pai de Gabriel diz a mesma coisa. Até mesmo a própria Alícia pede isso a ele, embora claramente com muita dor no coração. Mas porque será isso? Só pelo acidente, que, aliás, não foi por culpa de nenhum dos dois? Será mesmo?

Essa história é linda! Linda mesmo! Eu literalmente a engoli, nem vi o tempo passar. Embora tenha encontrado alguns errinhos na ortografia (nada de absurdo!), a escrita da autora flui com leveza, e todo o amor do casal nos envolve por completo. Achei bem legal como os personagens podiam ter suas diferenças, e ainda assim isso não ser motivo pra se distanciar ou brigar. Gostei principalmente quando ela falava tal coisa, e ele retrucava que ela estava lendo demais. Porque, definitivamente, Gabriel não é o que podemos chamar de “o homem perfeito dos livros”, e talvez isso o torne único. Ele tem seu jeito que as vezes não sabíamos definir se ele era mesmo apático e meio insensível, ou se era só uma fachada e por dentro havia ali uma batalha de sentimentos. E a Alícia, não tenho o que reclamar; é super fofa! Nas diversas vezes que ele fala encantado sobre o sorriso dela, a gente acaba sorrindo aleatoriamente também.

Acaba que viver não é como estar em um parque de diversão. Estar vivo é como assistir a um filme de terror sem saber o que encontrará a seguir.

Por um momento, eu achei que o final seria diferente do esperado. Mas não, a autora preferiu ser maldosa em nos iludir, haha. E ah, queria destacar também que adorei como os órgãos artificiais foram retratados. É um assunto que me chama bastante atenção, e pude refletir com as informações que foram dadas durante a história. A verdade de que tecnologia traz inovações maravilhosas, mas que assim como algo natural, pode acabar falhando. E mil outros detalhes, que você só vai descobrir lendo! Super recomendo, parabéns Viviane pelo trabalho! Espero ler outras obras suas futuramente :D

Nota: 5

Sobre mim: Carolina Rodrigues, 19 anos, mora em Santos e cursa faculdade de Biomedicina. Adora dançar e ir pra praia, mas o que a faz realmente feliz é poder passar um dia inteiro lendo, vendo séries, escrevendo histórias ou ouvindo música.

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