O Cavaleiro Fantasma

Nome: O Cavaleiro Fantasma
Título Original: Geister Ritter
Autora: Cornelia Funke
Editora: Seguinte
Livro: Skoob
Sinopse:

Jon Withcroft não estava nada feliz. E quem gostaria de ser mandado para um internato bem quando a mãe tinha arranjado um namorado novo? Pois, quando chegou em Salisbury, o garoto só pensava nos acidentes que o Barba (apelido “carinhoso” pelo qual Jon se refere ao seu grande rival) poderia estar sofrendo e no que seria escrito na lápide dele caso algum escorregão fosse fatal.
Até que... na sexta noite em Salisbury, Jon descobre um novo motivo para querer voltar correndo para casa: ele passa a ser perseguido por um bando de fantasmas, que desejava nada mais nada menos que a sua morte.
Mas em vez de pedir ajuda para a mãe, Jon recorre a um outro protetor: sir William Longspee, um cavaleiro fantasma que está enterrado na catedral da cidade e que jurou, antes de ser assassinado, estar sempre ao lado dos fracos e inocentes. Ao lado de Jon e de sua amiga Ella, sir William percorre cemitérios e duela contra zumbis, lutando não só para ajudar as crianças como também para cumprir seu próprio destino. Mas, para saber qual seria esse grande mistério que ronda nosso nobre cavaleiro fantasma, só lendo a história toda.

Peguei esse livro achando que teria um toque de terror, mas puro engano meu. Ok, talvez pra uma criança de onze anos, como no caso do personagem, deve ser de tremer feito vara verde, mas justamente por puxar mais pro lado infanto-juvenil, a gente acaba se encantando e achando a história uma graça, haha. Apesar disso, eu tinha grandes expectativas com esse livro, pois já li A Maldição de Pedra da mesma autora, e eu amei completamente, então como era de se esperar, Cornélia Funke não me desapontou nem um pouco.

Jon Withcroft é um garoto de apenas onze anos quando é mandado para um internato em Salisburny, muito por implicar com seu padrasto, o qual ele chama de Barba, por um motivo meio óbvio. Mas a questão é que todos basicamente idolatram o cara, enquanto Jon não suporta, e isso acabou levando a mãe dele tomar tal decisão. Completamente desolado e deprimido por ter sido abandonado pela mãe (o que tecnicamente não é verdade), Jon passa quase a primeira semana no internato nessa depressão que entrou, pensando em como a mãe podia ter feito aquilo com ele, e nem mesmo Stu e Angus, seus colegas de quarto, conseguem animá-lo. Mas uma coisa em especial consegue despertar a atenção de Jon. Ou amedrontá-lo, na verdade.

Da janela de seu quarto, ele consegue ver quatro cavaleiros no pátio, o encarando como se fosse um bicho e que devia ser exterminado. E o pior? Nem Stu, nem Angus, conseguem ver os tais cavaleiros, então obviamente ninguém acredita na sua história. Ninguém, exceto Ella, que leva aquilo tudo até mais a sério do que ele. Levando Jon para conhecer sua avó, que é uma guia turística, ela conta as histórias e lendas da cidade, daqueles que foram mortos, e até mesmo dos que supostamente não conseguiram encontrar o caminho para descansar em paz. E é aí que entra Jon. Numa das vezes em que os cavaleiros o persegue, eles falam que vão matá-lo, mas o chamam pelo sobrenome de solteiro da mãe. Ou seja, digamos que a família de Jon tem um passado naquela cidade, e agora estão atrás de Jon para finalizar aquilo. Desesperado, sem saber o que fazer, Ella o incentiva a convocar William Longspee, um cavaleiro que atende ao pedido daqueles que precisam de ajuda. E tudo muda quando Jon acaba aceitando aquela idéia, e descobrindo que Longspee é mais do que um simples cavaleiro; ele tem o coração mais puro e generoso que um dia Jon viria a conhecer.

— Deixe-me continuar a dormir, Jon Whitcroft — disse com voz pesada e cansada. — Apenas o sono proporciona esquecimento quando as sombras de sua vida o perseguem e você sente falta de quem ama.


Tenho que me limitar por aqui mesmo, se não qualquer detalhe a mais já entrega a história, mas o foco é exatamente esse; a luta de Jon, Ella e Longspee contra fantasmas que ameaçam sua vida. Jon é um personagem bem carismático, e ele tem um jeito bem de criança mesmo, se envergonhado pelas atitudes mais bobas, mas se aventurando sem nem pensar duas vezes nos desafios que aparecem pela frente. Todos os personagens, num geral, são muito bem retratados graças a maravilhosa escrita da Cornélia, que também descreve as cenas com tamanha riqueza que facilmente nos encontramos no tal lugar citado.

Uma coisa que achei incrível é que todos os cavaleiros e as histórias que contam no decorrer do livro são de fato verdadeiras. No final do livro, a autora fez como um glossário, onde conta a história de cada um deles, e explica com mais abertura o que aconteceu, o que tinha em cada lugar, além de que essas visitas turísticas lá realmente existem, pois ela mesma foi à cidade pra conseguir criar todo aquele universo. Sempre acho livros que foram baseados em fatos reais, ou melhor, vivenciadas num lugar que não foi inventado, mais legais e até mesmo fáceis de acreditar e imaginar. Bate aquela vontade gigante de viajar e ir em todos os locais que ela citou, e só então as cenas vão estar concretizadas na mente. Mas tudo bem, eu me contento em ver as imagens pelo grande salvador Google hahaha

É uma leitura bem rápida, indico a todos que gostarem de uma história mais juvenil com muito mistério e aventura na companhia de fantasmas, haha

Nota: 4

Sobre mim: Carolina Rodrigues, 19 anos, mora em Santos e cursa faculdade de Biomedicina. Adora dançar e ir pra praia, mas o que a faz realmente feliz é poder passar um dia inteiro lendo, vendo séries, escrevendo histórias ou ouvindo música.

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